terça-feira, 20 de novembro de 2012
O lápis e a borracha (Mário Granaci)
Era uma vez um lápis de carvão e uma borracha que andavam sempre ao despique. O lápis escrevinhava, escrevinhava e a borracha ia sempre atrás dele a apagar tudo.
O lápis era, obviamente, muito expressivo e folgazão. Mas também era muito desarrumado e desalinhado. Frenético, andava de lá para cá, de cá para lá, riscando e rabiscando tudo, marcando a sua passagem para se tornar evidente a toda a gente.
A borracha era muito reservada, doce até, mas não suportava desarrumações. Andava sempre a limpar e a arrumar tudo. Nunca se dava por ela ter estado num sítio, apenas se notava a sua falta se ainda não tinha passado lá.
Por isso embirravam um com o outro - o lápis a rabiscar tudo a eito e a borracha com a sua mania de limpar.
O lápis irritou-se e riscou a borracha mas a borracha partiu o bico do lápis. Não foi muito agradável a luta. Pareciam piratas a dizer:
_Arrrrrrr ar ar!
A mania da borracha de limpar era tanta que limpou a etiqueta a dizer o nome dele.
A sorte é que, depois da luta, fizeram as pazes.
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